Incontinência Urinária
04/08/2010 14:1404.08.2010 Incontinência Urinária
Incontinência urinária - uma perda de urina incontrolável - é mais do que apenas um problema físico para a mulher!
Pode também apresentar conseqüências emocionais, devido ao embaraço causado pela perda de urina.
Perda do controle urinário é uma condição comum, experimentada por milhões de pessoas. Pode roubar-lhes o sono, levando-as a exaustão; pode prejudicar-lhes o dia-a-dia normal, as atividades físicas e até mesmo o ato sexual.
O sucesso em seu tratamento, começa com um diagnóstico preciso!!!
Tipos:
Stress
Perda urinária ao esforço (tosse, riso, espirro...);
A paciente vai ao banheiro para evitar acidentes (medo de perda);
Exercícios são evitados, pois causam a perda;
Dorme a noite toda, mas, ao levantar-se perde urina.
Transbordamento
Sente urgência para urinar, mas as vezes não pode;
Leva longo tempo urinando, com jato urinário sem força;
Não esvazia completamente a bexiga após a micção;
Acorda a noite para urinar.
Urge-incontinência
Perde urina se não for imediatamente ao banheiro;
Vai ao banheiro em média a cada 2 horas;
Sente-se ressentida ao ingerir líquidos, pois, quando é continente, estes logo proporcionam necessidade de urinar;
Levanta-se a noite para urinar. Às vezes molha a cama.
Quando você é Continente?
Cérebro dá o sinal que a bexiga está com urina, já havendo necessidade de esvaziá-la;
A medula espinhal transporta este sinal do cérebro até o músculo esfíncter externo;
Que se contrai;
Fechando a saída da bexiga.
Aumenta o volume de urina na bexiga e aumenta a sensação de "bexiga cheia";
O cérebro dá o sinal de "urgência" para micção;
O esfíncter externo relaxa;
E abre o colo vesical;
A bexiga contrai e expulsa a urina de seu interior.
Quando Você é Incontinente?
A - Stress:
Tosse, espirros e risos aumentam a pressão dentro da bexiga, abrindo o colo vesical que não é capaz de permanecer fechado; pois, o esfíncter externo não é capaz de compensar o aumento da pressão ocorrido.
B - Transbordamento:
A bexiga nunca esvazia completamente, estando constantemente cheia. A pressão torna-se tão grande que o esfíncter externo não consegue prevenir a perda urinária.
C – Urge-incontinência:
O cérebro percebe a "urgência para urinar" com pequena quantidade urinária na bexiga. O esfíncter externo pode prevenir a perda temporariamente, mas a bexiga continua a contrair-se e a urgência à micção persiste, até que ocorre a perda.
A sociedade internacional de continência a define incontinência urinária como a perda de urina que ocorre sem a vontade da paciente, demonstrada objetivamente, podendo causar um problema social e de higiene.
É uma condição considerada como um sinal e um sintoma mas não uma enfermidade e que leva a uma situação de perda da auto-estima, vergonha e isolamento social, devendo por isto ser investigada e tratada de maneira conveniente.
A perda de urina não é normal em nenhuma idade devendo sempre ser investigada e tratada corretamente.
A prevalência é maior nas mulheres devido a fatores anatômicos e varia de 12% aos 50 anos até 25% aos 80 anos. Também é importante dizer que mesmo as mulheres que nunca tiveram parto normal, as jovens e as que não tem a bexiga caída podem ter incontinência urinária.
A incontinência urinária pode ser temporária devido a infecções urinárias e/ou ginecológicas, obstipação intestinal, medicamentos, mobilização, diabetes mal controladas, etc.
Já as condições persistentes podem ser por avc(derrame), doença de Parkinson, hipermobilidade e/ou incompetência uretral, retenção urinária (incontinência paradoxal), diminuição do tamanho da bexiga, etc.
Diagnóstico:
O primeiro passo para se chegar a um diagnóstico exato da causa da incontinência urinária é a realização de uma história e um exame físico bem feito. Caso estes deixem dúvidas, lança-se mão de exames complementares (laboratório, ultra som e/ou raio x e estudo urodinâmico).
Tratamento:
O tratamento da incontinência urinária depende da causa de base sendo que mais de 70% destas melhoram com orientações, fisioterapia principalmente e tratamento medicamentoso. No restante o tratamento é cirúrgico, sendo que existem várias técnicas eficientes e que se ajustam às diferentes situações.
Com o exposto devemos ter em mente que a incontinência urinária, apesar de não parecer, é uma condição extremamente degradante para quem a possui não devendo jamais ser considerada uma conseqüência natural da idade
Dra. Caroline Gasparini (fisioterapeuta).
CREFITO: 8/42865-F
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